tag:blogger.com,1999:blog-22411054032478083642024-02-08T04:11:16.729-08:00Silent EmpireBlog de noticias, resenhas e entrevistas do Heavy Metal ao Black MetalSilent Empirehttp://www.blogger.com/profile/04554100144035228938noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-2241105403247808364.post-20708638031301754372008-10-08T14:41:00.000-07:002008-10-08T14:42:54.815-07:00Entrevista com Adriano Ribeiro da Banda KHROPHUSA banda Catarinense Khrophus (Death Metal) se formou no ano de 1993, ainda sob o nome de DARKNESS, mas esse nome logo mudou para o atual e após algumas mudanças de formação, volta a ativa depois de alguns anos parada. Sendo um dos pilares do Metal Extremo do estado, e de fundamental importância para a cena como um todo. E a seguir temos uma entrevista com o líder, Adriano, guitarrista e fundador da banda que fala sobre essa volta, shows, nova formação, gravação de material inédito.<br />Segue a entrevista que abre as atividades do Blog SILENT EMPIRE, o qual visa abrir espaço para todos os estilos dentro do Hard/Heavy Metal.<br /><br /><br />01 – Primeiramente é necessário dizer que é um grande prazer entrevistar a ‘Khrophus’ neste retorno, não só pela amizade, mas sim pela importância do fato no cenário em geral, que ao lado de algumas poucas bandas de SC, constroem e lutam pela realização de shows e afins. Dito isso, me fale em breve palavras sobre o começo, ainda sob o nome de ‘Darkness’.<br />ADRIANO RIBEIRO – Nós é que temos que agradecer o apoio e a amizade, que sempre têm permeado em nossas andanças. A KHROPHUS foi formada em 06/06/1993 com o nome DARKNESS, e desde o início sempre lutamos por “criar” espaço na cena, visto que naquela época tudo era de outro mundo na cultura musical do nosso estado, tudo chegava atrasado, discos, equipamentos, e era extremamente difícil e caro conseguir bons instrumentos. Mais difícil ainda era ver shows de death metal, e como esse era o nosso estilo, tivemos que lutar muito para fazer com que mantivéssemos uma regularidade na cena. Os anos passaram, e acredito que todo aquele empenho surtiu um bom efeito na cena, pois conseguimos trazer para a nossa região centenas de bandas de outras cidades, estados, e até países, e fizemos muitas amizades impagáveis com pessoas que lutam da mesma maneira nesses lugares. Tenho certeza que foi uma ótima época, e conseguimos mostrar que quando não se têm alguma coisa podemos torná-la possível, basta força de vontade, competência, e perseverança sempre.<br /><br /><br />02 – E como surgiu o nome ‘Khrophus’? Porque a mudança de nome e qual o significado dessa junção de letras do nome, visto que não tem uma tradução conhecida?<br />ADRIANO RIBEIRO – Acho que essa é a pergunta que mais respondi nesses mais de 15 anos da banda. Então, eu criei esse nome em 1993, para a letra da música “khrophus”, que era justamente o nome de um guerreiro que lutava tanto contra os excessos do bem quanto do mal. E realmente não tem tradução, até já fiz algumas pesquisas para ver se encontrava em outra língua, mas não encontrei nada nem parecido, e com certeza fico muito contente em ter criado um nome tão diferente. E esse era o nome que eu queria desde o início para a banda, mas os caras que tocavam comigo na época preferiam um nome mais comum como “DARKNESS”. Depois disso tudo aconteceu algo até engraçado, com o nome “DARKNESS” tínhamos uma música chamada “khrophus”, e logo que mudamos o nome da banda para “KHROPHUS” tínhamos uma música chamada “darkness”.<br /><br /><br />03 – Qual a temática das letras? E quais as principais influências no momento de compor?<br />ADRIANO RIBEIRO – Nossas letras basicamente falam de sociedade em si, com histórias metafóricas e às vezes até diretas mesmo, passando por política, religião e comportamentos sociais. Já as influências na hora de compor são um mix de tudo que ouvimos, desde o metal extremo até coisas como música clássica, jazz, etc...<br /><br /><br />04 – Em 2003 foi lançado o Debut Cd intitulado” God From The Dead Images”, de forma independente, mas que foi masterizado na Finlândia, no hoje mundialmente conhecido Finnvox Studio, a cargo de Mika Jussila (Stratovarius, etc). Porque a opção de lançar o álbum de forma independente?<br />ADRIANO RIBEIRO – Na verdade, nós recebemos propostas de 2 gravadoras, mas como elas não soaram legais ao nosso ver, então preferimos fazer o que sempre fizemos e corremos atrás de tudo, gravação, arte gráfica, design, fotos, prensagem do material, e posteriormente sua divulgação, isto é, coisas que as gravadoras fariam por nós.... Mas dessa forma acho que aprendemos muito, fizemos muitos contatos, e parcerias e isso não tem preço. Quanto à masterização na Finlândia, as pessoas não acreditam quando falo, mas foi muito mais barato na época, apesar de não termos uma proximidade para controlar o resultado final, mas foi nossa escolha na época, e pode ter certeza, foi um grande aprendizado.<br /><br /><br />05- Este lançamento se seguiu de vários shows pelo Brasil, e que foi uma grande conquista para a banda, inclusive muitos destes shows, dividimos o mesmo palco com minha banda anterior, a Malice Garden. Como foram aqueles tempos para a Khrophus?<br />ADRIANO RIBEIRO – Pela nossa luta em sempre estar correndo atrás, isso foi extremamente importante, pois o lançamento do CD nos abriu inúmeras portas, começamos a tocar cada vez mais e cada vez mais distante. Fizemos alguns shows internacionais na época, em países como Paraguai e Uruguai, e até fomos para a Argentina, mas por azar, fomos impedidos de entrar no país na fronteira do Uruguai com a Argentina. Mas tudo isso é importante, cada show, cada cidade, estado ou país, cada banda e público, com quem e para quem tocamos é um aprendizado imenso... Veja que estou enfatizando muito isso, pois hoje em dia as pessoas parecem esperar as coisas caírem dos céus, e mesmo quando conseguem alguma oportunidade perdem a chance de aprender como funciona a alavanca underground.<br /><br /><br />06 – Para quem acompanhava a banda ao longo dos anos, percebeu que a sonoridade deu uma freada na porradaria, mas sem perder a brutalidade e o lado mais técnico, pelo contrario, isso ficou ainda mais evidente. Qual o motivo desta mudança?<br />ADRIANO RIBEIRO – Com a entrada do Alex Pazetto (Bass/Vocals) e do Carlos Fernandes (Drums), a banda recebeu uma carga nova de influências, e isso ajudou a moldar o estilo. Nós fazemos o mesmo death metal de sempre só que de uma forma mais trabalhada, com a bateria, baixo e guitarra indo cada um para um lado, mas tudo dentro do conceito da música, e até agora pelo que vimos as pessoas estão gostando muito, pois o som ficou mais nítido, onde o lado musical do conjunto concilia-se muito bem com a individualidade de cada membro, e isso eu acho que é um dos fatores que mais se destaca nessa nova formação.<br /><br /><br />07 – Ainda sobre as mudanças, porém agora falando sobre as diferentes formações e a intrigante parada nas atividades em 2003 e agora à volta em Power Trio. Adriano, como sendo o único integrante da formação original, gostaria que falasse sobre estas mudanças e o momento atual em que a banda se encontra? Como foi a procura por essa nova formação?<br />ADRIANO RIBEIRO – Primeiramente queria deixar claro que está já é a quarta formação como trio, e tudo faz parte de um aprendizado, nem as grandes bandas conseguem passar ilesas com suas formações, visto que o ser humano é um animal que não se acomoda, salvo raras exceções... Quando vi o Alex tocando com a VULKRO (banda de Doom na qual ele também toca) não pensei duas vezes, vi que ele seria o cara certo pra banda, e acertei na minha escolha. Nós dois corremos atrás do meu irmão o kennedy (antigo batera da KHROPHUS e atual proprietário da KR CUSTOM DRUMS), mas ele nos disse que não poderia cumprir as tarefas da banda pois o trabalho com a KR CUSTOM DRUMS já lhe toma todo o tempo, além dele também trabalhar como técnico de bateria de algumas bandas de Floripa. Portanto fomos pesquisando alguns bateras e logo chamamos o Carlos, que fez o teste e não saiu mais... Daí em diante, passei as músicas para eles, criamos as linhas de baixo, bateria e vocal, gravamos o EP “SYMBOLS FROM DEATH” e botamos o pé na estrada. No momento estamos nos preparando para gravarmos nosso novo cd em novembro, mas fizemos ao todo nessa nova tour 22 shows em diversas cidades e estados. Quanto a dar uma pausa na banda justamente no auge foi por eu ter um problema de tendinite no braço e ombro direito, que me fez parar de tocar guitarra quase que completamente por dois anos a fio. Mas estou aí, curto os mesmos sons, estou na cena a quase 20 anos, já estive em mais de 500 shows undergrounds, e sempre batalhei para ajudar a todos e não somente a minha banda. Acho que não preciso provar nada a ninguém.<br /><br /><br />08 – O que você percebe Adriano que tenha mudado nessa volta à ativa? Refiro-me ao cenário como um todo (shows, bandas, estruturas, divulgação, venda de material, etc.)?<br />ADRIANO RIBEIRO – Acho que hoje em dia tem mais público, apesar de não ser concentrado, e também o fato de as bandas serem mais respeitadas... Mas o que mudou muito mesmo foi os equipamentos, os shows sempre têm bons equipamentos, o que não ocorria antes. Quanto a divulgação, hoje temos internet que facilita bastante a proximidade com contatos importantes. Na verdade eu acompanhei todo esse processo, só não pude estar tocando, mas estive sempre próximo.<br /><br /><br />09 – A Brutal Productions sempre foi um dos pilares na realização de shows, intercâmbios entre bandas de todas as regiões do Brasil e do exterior. Você sempre lutou por mais união e fortalecimento da cena. Quais são os planos em termos de organização de shows com a volta á ativa da Khrophus? O que podemos esperar da Brutal Productions de agora em diante?<br />ADRIANO RIBEIRO – No momento a Brutal Productions está associada à Vooadera Produções e estamos trabalhando em conjunto em vários shows. Qualquer informação pode ser conferida através do site www.myspace.com/vooadera<br /><br /><br />10 – Através de conversas com vocês, soube que os planos imediatos estão voltados para gravar um novo álbum. Como está o andamento para esse novo material?<br />ADRIANO RIBEIRO – Todas as músicas já estão compostas, estamos apenas ensaiando para chegar novembro e gravá-las. Esperamos estar lançando o novo CD no primeiro semestre de 2009. Se alguém estiver interessado em distribuir o CD ou algum material da KHROPHUS não hesite em entrar em contato, estamos abertos as propostas.<br /><br /><br />11 – Recentemente em comemoração aos 15 anos de fundação da Khrophus houve a realização de um show e para isso foi montado um Cast de peso e tive o prazer de estar tocando com a Warmagedoom neste show em questão. No dia e no momento do show da Khrophus, que você Adriano estava muito ansioso e nervoso, o que é absolutamente normal pela situação, porém era facilmente notória sua satisfação em estar no palco novamente tocando ao lado da Khrophus. Em suas palavras, gostaria de saber como foi essa experiência?<br />ADRIANO RIBEIRO – Eu amo tocar, e a KHROPHUS traduz isso perfeitamente. Estar completando 15 anos de banda não é fácil, por eu estava ansioso e até um pouco nervoso. Eu me orgulho cada vez mais, adoro estar viajando e tocando, conhecendo novas pessoas, recebendo manifestação de carinho de pessoas que são parte de uma engrenagem chamada underground, que juntas movem esse sistema paralelo, que ainda não é dominado pelas corporações ou políticas, que ainda é o nosso meio de expressão e manifestação, seja por atitudes, palavras ou manifestações. Todos juntos temos um ideal, mas parece que não sabemos ao certo que ideal é esse, pois estamos vivendo uma duplicidade, digamos, vivemos o sistema dentro do sistema. O underground ainda é um bebê engatinhando e temos muito que aprender e crescer, espero que um dia possamos olhar para trás e dizer para os nossos netos, nós fizemos parte deste mundo alternativo e conseguimos quebrar as barreiras...<br /><br /><br />12 – Agradeço a banda Khrophus pela entrevista e deixo o espaço para suas considerações.<br />ADRIANO RIBEIRO – Nós é que temos que agradecer pelo espaço cedido, e pelo apoio incondicional do amigo IVAN que sempre mantivemos uma amizade mútua, de respeito e cooperação. Valeu mesmo pela força. Sorte a todos. Obrigado.<br />Qualquer informação sobre a KHROPHUS ou para adquirir materiais entre em contato:<br /><br />A/C ADRIANO RIBEIRO<br />R: ADÃO SCHMIDT, 31 (LADO DO Nº 1730)<br />BARREIROS – SÃO JOSÉ/SC – CEP 88.117-261<br /><br /><a href="http://www.khrophus.com/">WWW.KHROPHUS.COM</a><br /><a href="mailto:KHROPHUS@KHROPHUS.COM">KHROPHUS@KHROPHUS.COM</a>Silent Empirehttp://www.blogger.com/profile/04554100144035228938noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2241105403247808364.post-23596890457242547002008-09-03T06:44:00.000-07:002008-09-03T06:45:10.544-07:00Bem-vindo ao Silent Empire blog, aqui teremos novidades e entrevistas em geral da cena underground do metal brasileiroSilent Empirehttp://www.blogger.com/profile/04554100144035228938noreply@blogger.com0